Campeão absoluto peso-pena do Bellator, Patrício Pitbull fez mais uma vítima na organização. Após uma guerra de cinco rounds, o brasileiro levou a melhor sobre Emmanuel Sanchez na decisão unânime, na luta principal da edição 209 da franquia, realizada em Israel na última quinta-feira (15). O novo triunfo, terceiro consecutivo do potiguar, foi ainda mais especial pela quebra de novos recordes. Patrício agora é o líder do Bellator em número de vitórias, resultados positivos em lutas por cinturão, além de ter o maior número de nocautes e finalizações em sua divisão.
Com o cinturão em sua posse e recordes batidos, Pitbull não quer saber de acomodação. Sedendo por novos desafios, o lutador de 31 anos quer seguir fazendo história no Bellator e, em entrevista à TATAME, revelou o desejo de enfrentar lutadores de outras categorias.
“Quero lutar pelo menos três vezes (em 2019) e disse isso ao Bellator. Espero fazer lutas novas e empolgantes para os fãs. Tem alguns caras que quero enfrentar em outras categorias também e espero ter a chance dessas lutas saírem. Quem eles (Bellator) forem enfileirando eu vou batendo”, garantiu o brasileiro.
Confira a entrevista completa com Patrício Pitbull:
– Recordes batidos após a última vitória
Sou o lutador com mais vitórias na história do Bellator, 16. O lutador com mais vitórias em lutas por cinturão, 6. Tenho o maior número de nocautes (6) e de finalizações (4) na minha categoria, e sou o segundo em toda a organização em número de vitórias sem ser pelos juízes (10). A cada luta faço história lá dentro e mostro que não apenas sou o melhor do mundo atualmente, mas tenho sido por muitos anos.
– Análise da luta contra Emmanuel Sanchez
Foi uma luta muito boa, muito disputada. Sanchez foi muito duro, aguentou bastante porrada e veio com uma boa estratégia. Mas consegui impor meu jogo, acertei os golpes mais fortes, ele saiu com o rosto todo machucado, e fui superior a ele nas quedas e no chão. A luta, como um todo, foi difícil, méritos dele que me forçou a lutar no meu melhor nível durante os 25 minutos.
– As lutas contra Sanchez e Weichel foram para a decisão. Qual foi mais difícil?
A luta contra o Emmanuel Sanchez foi mais difícil. Embora contra Daniel Weichel um árbitro tenha dado a vitória para ele, acho que ele não estava prestando atenção na luta. Na minha contagem, venci 4 dos 5 rounds. Nessa luta com Sanchez, venci 3 claramente, e você pode até falar em 4, mas no geral, foi uma luta mais disputada.
– Ações solidárias após a vitória
Pretendo leiloar o short (que usou na luta, em homenagem a Ayrton Senna), uma parte do valor será doado ao Instituto Ayrton Senna, que pretendo conhecer em breve, e doarei também para um hospital que trata de crianças com câncer aqui no Rio Grande do Norte. Além disso, estive no Exército e peguei um mapa das regiões de seca no estado e onde podem ser abertos poços e pretendo investir parte do dinheiro arrecadado em levar água pra essas regiões.
– Próximo desafiante na categoria
Tem algumas opções aí surgindo e eu quero bater em todo mundo. O mais qualificado no momento é AJ McKee, mas todos que me desafiaram tem uma surra guardada aqui com o nome deles. A ordem, para, mim não faz diferença. Espero estar de volta logo. Março ou abril seriam ideais.
– Como você projeta o ano de 2019?
Quero lutar pelo menos três vezes e disse isso ao Bellator. Espero fazer lutas novas e empolgantes para os fãs. Tem alguns caras que quero enfrentar em outras categorias também e espero ter a chance dessas lutas saírem. Já muitas vezes pedi luta e o Bellator perdeu a oportunidade de fazer acontecer. Agora resolvi focar no meu trabalho e não criar expectativas nesse sentido. Quem eles forem enfileirando eu vou batendo.