MMA
Amanda minimiza reforço de Valentina ao camp de Cyborg: "Não vai ajudar a Cris em nada"
Baiana, que derrotou Shevchenko em duas oportunidades
Cris Cyborg convidou Valentina Shevchenko para reforçar seu camp para a luta contra Amanda Nunes, dia 29 de dezembro, em Las Vegas, nos Estados Unidos, pelo UFC 232. A "Leoa", no entanto, não parece preocupada com a presença da rival - a quem venceu duas vezes - na preparação da curitibana.
Em entrevista, a baiana, campeã do peso-galo, minimizou o poder de auxílio de Shevchenko, dona de um estilo bem diferente do seu.
- É tranquilo, ganhei da Valentina duas vezes, não oferece nenhum perigo para mim, sei o jogo dela. Não tem segredo, ela é canhota, não tem nada a ver com meu jogo. Eu acho que não vai ajudar em nada a Cris. O jogo é completamente diferente, não tem nada a ver com a minha estratégia ou algo parecido com meu estilo. Não tem nada a ver.
Algoz de Miesha Tate, Ronda Rousey, dentre outras lutadoras conhecidas do Ultimate, Amanda Nunes revela ter colocado Cyborg em sua alça de mira por se tratar do nome mais famoso do MMA feminino, ao longo dos últimos anos.
- Eu sempre penso em entrar para a história de alguma forma. Quero que as pessoas lembrem de mim, que fui a melhor de todos os tempos. Esse foi meu pensamento, por isso queria lutar contra a Cris. Esse é o momento certo. Na minha categoria, as meninas ainda tinham que lutar mais para chegarem ao posto de desafiante. Eu não queria ficar esperando, queria algo grandioso. O UFC me ofereceu a Cris, que é o grande nome do MMA feminino. Estou ansiosa, me desafio o tempo todo, tanto nas lutas, quanto nos treinamentos. É por isso que gosto de treinar com todos os tipos de corpos. Na American Top Team, você tem peso-pesado, peso-leve... Estou sempre treinando com meninos da categoria acima da minha para me desafiar. Quando me ofereceram a luta contra a Cris, eu falei: "Já estou preparada. Na academia faço isso, por que não posso fazer na luta?". Queria lutar contra alguém que colocasse meu nome lá em cima, então nada melhor do que a Cris, a Cristiane, para fazermos esse combate maravilhoso para os fãs.
Em relação às provocações de Cyborg, que costuma chamá-la de "creonte", Amanda Nunes evitou entrar em rota de colisão.
- Nada a ver isso, não dei muito ibope. Não adianta nem estar aqui falando, porque ela sabe disso. Foi questão de oportunidade. Ela sabe que, quando começamos, se estivéssemos ficado no Brasil, não seríamos ninguém. Nem evento no Brasil havia para lutar. Ela veio para os Estados Unidos antes do que eu, pegou a cidadania antes do que eu. Eu nem peguei a minha cidadania ainda, para ser direta. Isso é coisa da cabeça dela. Não era para isso estar no meio, era para falarmos da luta. Estou feliz por ter escolhido ir embora no momento certo, na época tinha o Strikeforce, acho até que ela era a campeã. Ela foi infeliz com esse comentário, porque mora nos Estados Unidos. Ela fez a escolha certa, eu também e vamos nos enfrentar.
Embora a troca de farpas tenha se intensificado, Amanda Nunes reconhece a importância de Cyborg como referência na modalidade.
- Eu tive uma carreira muito mais voltada para a academia, assistia pouco à luta, treinava, competia. Quando cheguei nos Estados Unidos, assisti mais às lutas femininas, olhei as categorias, e a Cris estava lá, com certeza em um patarmar mais elevado que o meu. Com certeza foi uma grande inspiração para todas as gerações daquela época.