MMA
Ronaldo Jacaré promete acabar com supremacia de Weidman contra brasileiros
Vou pará-lo agora, né?
Valdir Araújo, Demian Maia, duas vezes Anderson Silva, Lyoto Machida e Vitor Belfort. Foi nesta ordem que Chris Weidman saiu vitorioso em todas as oportunidades em que encontrou do outro lado do octógono um lutador brasileiro. Neste sábado, no co-evento principal do UFC 230, em Nova York, Ronaldo Jacaré garantiu que colocará um fim nesta sequência. Ele ainda justificou as mensagens revoltadas que seus compatriotas costumam enviar ao "All American" nas redes sociais.
- Vou pará-lo agora, né? O respeito que tenho por ele não muda, pela pessoa, pelo campeão que foi. É um cara muito legal, pai de família. Vim para vencer, e vou vencer. Ele é um grande adversário e é assim que gosto. Encaro como revanche porque nunca perdi uma revanche, então estou colocando como se tivesse perdido para ter a certeza que vou arrebentar. Acredito que o brasileiro é muito coração, por isso o Chris recebe essas mensagens. A gente não gosta de perder, ainda mais para um cara que venceu muitos brasileiros. Para a gente é difícil engolir isso. Vou parar ele - afirmou, ao Combate.com.
Inicialmente, Jacaré enfrentaria David Branch, mas uma lesão de Luke Rockhold, oponente original de Weidman, fez o Ultimate marcar o confronto entre eles, deixando Branch contra Jared Cannonier. O brasileiro revelou que o duelo era um pedido antigo de sua parte à companhia.
- Aceitei de primeira. Abri o sorriso e falei estamos dentro. Eu aceito, mas antes vou falar com meus técnicos... Falei com meu treinador de MMA, de boxe, todo mundo ficou feliz e falou "vamos nessa". Aceitei na hora. Ele aceitou primeiro do que eu, foi legal receber essa notícia. Ele sempre esteve no topo da divisão dos médios. É uma luta de ex-campeões. Sou ex-campeão do Strikeforce e vamos fazer uma batalha legal. Foi legal que todo mundo gostou dessa luta. Quando o Rockhold, infelizmente, se machucou, me colocaram contra o Chris e a notícia explodiu. Em todos os lugares a galera comentava. Era uma luta que estava para acontecer, já tinha pedido várias vezes para lutar contra ele. E dessa vez aconteceu. Eu já estava preparado para qualquer adversário, foi bem em cima da hora. Tive que dar um foco muito rápido no wrestling, ele precisou fazer as mudanças dele. O que está ruim para ele, está ruim pra mim. O que está bom para ele, está bom pra mim. Está todo mundo igual. É uma luta bastante importante, são dois atletas que estão no top da divisão dos médios. Quem vencer vai lutar pelo cinturão, com certeza.
Feliz por lutar pela primeira vez no lendário Madison Square Garden, Jacaré não mostrou preocupação por atuar na casa de Weidman. Por outro lado, disse que seu histórico prova que, caso combate vá para a decisão dos juízes laterais em um duelo equilibrado, já sabe que não acabará bem para o seu lado.
- É uma realidade que vem acontecendo, é fato verídico. Nunca venci uma luta desse porte. Não posso deixar nas mãos dos juízes porque já sei o que vai acontecer. Não me preocupa (lutar na casa dele), porque toda vez que lutei na casa dos adversários obtive boas vitórias, foi assim contra o Brunson e dessa vez não será diferente. Vou botar meu jogo em prática e vou vencer. É uma satisfação enorme poder lutar aqui. Lutei em outros grandes locais, como Saitama, Tokyo Dome, o berço da luta também. Aqui é bem especial. Tyson, Ali, essa galera toda faz a gente se inspirar nesse evento. Vai ser bem legal. É uma satisfação enorme ter a oportunidade de lutar aqui.
Na última vez que Ronaldo Jacaré pisou no octógono, saiu derrotado por Kelvin Gastelum, que também foi o compromisso mais recente de Weidman - que finalizou o compatriota. O brasileiro disse ter aprendido as lições que precisava com os revés.