MMA
Após mudança para a ATT, paulista Marcelo Golm espera anular wrestling de Arjan Bhullar
jovem lutador brasileiro espera evolução
Marcelo Golm não esperou muito tempo para tirar lições da última luta. Após a derrota para Timothy Johnson no UFC Belém, em fevereiro, o lutador de 26 anos deixou São Paulo rumo à Flórida, nos Estados Unidos, onde passou a fazer parte da equipe American Top Team. Agora, às vésperas de enfrentar Arjan Bhullar no UFC Moncton, no sábado, no Canadá, o peso-pesado espera colocar em prática todo o aprendizado longe do Brasil, principalmente no wrestling.
- Fui (para a Flórida) para morar mesmo, para ficar de vez. Acho que uma coisa que a gente tem de deficiência no Brasil é justamente o wrestling, a gente tem um pouco de dificuldade de encontrar bons wrestlers. E uma das coisas que me fez vir para a American Top Team foi isso, tem muito wrestler bom. O principal motivo foi esse. Ter mudado para lá foi ótimo, a estrutura de treino é ótima, a academia é gigante e tem muito material humano, muito cara duro: Cigano, Arlovski, Oleksiy Oliynyk, bastante cara bom - disse o lutador ao Combate.
O clima no estado da Flórida, mais parecido com o do Brasil, também facilitou a adaptação de Golm, que no sábado fará apenas sua terceira luta no Ultimate, tendo estreado com vitória contra Christian Colombo e, na sequência, perdido para Timothy Johnson.
- Foi fácil (a adaptação), lá é bem quente, parece um pouco o Brasil, então na questão do clima foi fácil. A minha cidade, de onde sou no interior (Pitangueiras-SP), é bem quente também, então já estou acostumado (...). E como não falo inglês, é melhor ter brasileiro lá para conseguir falar (risos) - afirmou, lembrando a grande presença de brasileiros na Flórida.
Sobre o adversário no Canadá, Marcelo Golm revelou que essa luta quase aconteceu antes mesmo do UFC, ainda no início da carreira profissional em 2015.
- Por coincidência, antes do UFC, eu e o Bhullar íamos lutar uma vez, mas acabou não dando certo, foi há uns três anos. Ele é um ótimo wrestler, um atleta olímpico muito rodado. Tenho certeza que ele vai usar o que tem de melhor, vai querer me derrubar, segurar e trabalhar o ground and pound, como tem feito em todas as lutas. Meu objetivo é ficar em pé, tentar sair desse jogo dele, me movimentar bastante e sair desse jogo de quedas dele.
Os treinos para o jogo da luta agarrada foram comandados por Steve Mocco, principal treinador da modalidade na ATT.
- Como o adversário que vou enfrentar agora é um wrestler, treinei muito com o Steve Mocco, treinamos bastante juntos. Foi ótimo o camp lá, estou na ATT há seis meses. Depois da minha última luta já fui para lá, treinei com muita gente boa, estou sem lesão, tudo ótimo para a luta.
Marcelo Golm, dono de um cartel com seis vitórias e uma derrota, ainda voltou à última luta, e deu todo o mérito para o adversário Timothy Johnson.
- O adversário foi melhor mesmo, não consegui pôr a minha estratégia, não tem desculpa para dar. Ele foi melhor no dia, conseguiu me amarrar bem, não me quedou, mas me amarrou na grande, me segurou e acabei aceitando o jogo. Mérito dele mesmo (...). Estou vindo de derrota, treinei muito para essa luta, a vitória é essencial para mostrar que meu treino valeu à pena. Vir de derrota não é uma coisa legal, isso no começo me deixou bem triste, nunca tinha perdido, e a primeira derrota não foi fácil. Vou buscar a vitória nessa próxima! - concluiu.