Criado na favela do Cantagalo, no Rio de Janeiro, Alan Finfou teve seu primeiro contato com o Jiu-Jitsu aos 13 anos, quando foi convidado por Fernando Tererê para fazer parte de um projeto social na comunidade. Com poucos dias no tatame, ele se identificou com a arte suave e, desde então, tem trilhado um caminho recheado de conquistas e histórias de superação.
Finfou atualmente vive na Suécia e divide seu tempo entre treinos e aulas para atletas do MMA, como o casca-grossa do UFC, Alexander Gustafsson. Faixa preta desde 2007, ele é detentor dos principais títulos da modalidade, como Mundial, Brasileiro e Europeu.
“O nosso time de Jiu-Jitsu está crescendo e evoluindo bastante aqui. Tenho uma galera muito boa que treina comigo há muito tempo e, com isso, consigo também me preparar para as competições”, destacou o carioca, que no mês passado, foi campeão Pan-Americano sem quimono da IBJJF, em Nova York, nos Estados Unidos.
Apesar do sucesso profissional, Finfou não esquece suas raízes. Ele está frequentemente em contato com os antigos companheiros de tatame no Cantagalo. Quando está no Brasil, não deixa de visitar o projeto que mudou sua vida.
“Jiu-Jitsu, hoje, é o que está salvando mais vidas nas comunidades carentes do Rio de Janeiro. Muitas vezes os professores e treinadores acabam fazendo o papel de pai na vida dos seus alunos. A força do Jiu-Jitsu nas comunidades vai muito além do esporte, das técnicas ou de medalhas”, afirmou Fincou, que aproveita para deixar uma mensagem às crianças. “Saber esperar é uma virtude. É aceitar, sem questionar, que cada coisa tem um tempo certo para acontecer e ter fé”, encerrou.