- São épocas diferentes, nunca lutamos, quem sabe? O UFC já protagonizou no TUF atletas de épocas diferentes, eu e (Delson) Pé de Chumbo. O Pé de Chumbo bateu. Quem sabe pode ser o Demian que eu venha a lutar? Seria uma honra lutar com o Demian e sei que vai ter chão. Se marcar a luta com o Demian, venho para São Paulo treinar com o Fabio Gurgel e vamos fazer um chão bem bonito. Seria interessante. Mas sempre com respeito. O Demian é um cara que roda há muito tempo. Pode ser bem possível que eu venha a lutar com o Demian, já falei isso, mas dependendo de como minhas lutas acontecessem. Muito respeito com o Demian, mas se o UFC achar que é a hora, eu estou pronto e espero que o Demian também - afirmou, em conversa com jornalistas logo após seu combate.

Independente de ser contra Demian Maia, que é o sétimo colocado do peso-meio-médio, Serginho quer ter a chance de enfrentar um top 15 da divisão até 77kg. Ele recordou sua vitória contra Neil Magny, quando finalizou o americano, atual número 8, há cinco anos.

- Espero lutar com caras ranqueados. Não estou pedindo porque preciso, mas eu mereço. Sempre fiquei quieto quando fiz lutas que não gostei, mas já lutei com o Neil Magny e finalizei cinco anos atrás. Só perdi uma vez, mais de 10 lutas no UFC, mereço estar entre os melhores do mundo. Eu sou um dos melhores do mundo. Me sinto prestigiado, mas sinto que gostam de atletas que lutam para a frente. Não é que luto para trás, é que saio da zona de conforto para fazer a luta dos outros. Quero ver quem sai da zona de confroto para fazer minha luta. Muitas vezes cai no chão e mandam levantar. Eu levanto, vou para cima e ganho a luta. Quem vem para o chão comigo? Quero que o UFC olhe isso. Têm atletas que lutam por pontos e outros que lutam para ganhar - afirmou.

A finalização sobre Magny, inclusive, foi a última de Serginho antes da que conseguiu no último sábado. Segundo o atleta da Evolução Thai, ele quis provar que estava pronto para lutar em pé com seus adversários antes de colocar em prática sua supremacia no solo.

- Sei que muitas vezes a luta não vai para o chão e eu tinha que mostrar melhora na parte em pé. Me cobrei isso. Perdi a final do TUF porque não tinha trocação. Brigava que nem "maloqueiro". Hoje tenho consciencia do que faço em pé. É diferente. Já aprendi que tenho uma evolução na parte em pé, sou capaz de trocar com qualquer um, mas agora quero ver quem é capaz de fazer chão comigo também. Esse é o quebra-cabeça do MMA. Não é quem é melhor. Tem muito atleta campeão disso e daquilo, mas é quem consegue fazer as transições melhor no momento certo.

Sobre o confronto contra Saunders, Serginho também exaltou a sua eficiência nos ataques para finalizar.

- Fico chateado algumas vezes porque a luta fica em pé e todo mundo sabe que não é a minha modalidade principal, mas vinha treinando duro em Curitiba para isso. Já ganhei muito atleta que está no top 5. Já finalizei atleta que está no top 5. Quando o atleta faz a minha luta no chão, sou capaz de finalizar qualquer um na categoria. O Ben Saunders é rodado, tem mais de 30 lutas, nunca foi finalizado. Opa... hoje foi! Ele é um atleta confiante na parte de chão, mas há atletas de chão e de chão, né? Tem que saber com quem ele luta e isso que vim provar. Se lutar no chão comigo, vai bater. Eu não perco a posição, não sou atleta de ficar pontuando. Dei dois botes na luta. No primeiro, ele quase bateu e acabou o tempo. No segundo, ele bateu. Eu gosto de atirar de sniper - concluiu.