Motivação é algo que não será um problema para Charles do Bronx no UFC São Paulo. No próximo sábado, contra Christos Giagos, pelo peso-leve (até 70kg), ele terá sua primeira chance de lutar na sua cidade, com amigos e familiares na torcida, desde que foi contratado pelo Ultimate. Só isso já seria argumento suficiente para animar o brasileiro. Mas tem mais. Caso o faixa-preta de jiu-jítsu finalize o rival no ginásio do Ibirapuera, torna-se o lutador com mais finalizações da história da companhia de forma isolada. Atualmente, ele está empatado com Royce Gracie, com 10.

- Já sabemos tudo que o Giagos tem de bom e o que podemos colocar em prática para cima dele. Ele trabalha bem os jabs. Joga jabs, direto e cruzado, trabalha muito o "mata-cobra" de cruzado, entra bem de baiana, mas o forte dele é o ground and pound. É um cara duro, fez luta duríssima contra o (Gilbert) Durinho, mas foi finalizado, mandado embora e voltou de novo. Vou trabalhar a trocação cada vez mais, que está bem melhor, e esperar o momento certo. Ninguém do UFC quer fazer jiu-jítsu comigo, todos têm receio de lutar. Estou preparado em pé e no chão, todos sabem que meu ponto mais forte é o jiu-jítsu, vamos jogar para cima, trabalhando a trocação, mas, se ele bobear, queremos mais uma finalização para ultrapassar o Royce e ser o maior finalizador do UFC - afirmou, ao Combate.com.

Para Charles, superar Royce em São Paulo terá sabor especial, mas o lutador não quer deixar isso atrapalhar sua performance e prometeu vencer, não importa por qual via.

- Não digo que este é o meu maior objetivo hoje, mas é uma conquista histórica. Com apenas 28 anos, imagina... Primeiro a passar o Royce e ser o maior finalizador do Ultimate são coisas boas para a minha carreira e equipe. Meu foco é vencer, não importa se por nocaute, finalização ou pontos, importante é vencer e chegar o mais próximo possível do título. Mas. se isso acontecer, com certeza vai me deixar muito feliz poder passar o Royce na minha casa, com a minha torcida me assistindo.